7 soluções incríveis de inteligência artificial usadas no combate ao coronavírus

Nas últimas semanas, já contamos no Simple de que forma chatbots podem ser usados em hospitais e clínicas médicas durante uma pandemia e também falamos como empresas de diferentes setores podem usar a tecnologia para auxiliar a operação a manter-se em ativa em momentos de crise.

São cada vez mais evidentes os benefícios da inteligência artificial no setor de saúde. Com mais empresas e hospitais empregando ferramentas com base nessa tecnologia, veremos a redução do tempo de tomada de ação, a resolução de problemas complexos e a antecipação de soluções.

Sabendo disso, muitas instituições, como o HC, já correm contra o tempo para desenvolver suas próprias ferramentas de IA para realizar diagnósticos, de forma a ganhar rapidez e desafogar seus profissionais de saúde, principalmente durante uma crise sanitária.

A seguir, veja 7 interessantes soluções com base em IA atualmente empregadas em centros de saúde ao redor do mundo.    

1- Prevenção da doença

A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou um assistente virtual chamado WHO Health Alert no WhatsApp. Quando o usuário envia uma mensagem ao número +41 79 893 1892, o chatbot fornece várias informações e alertas sobre o Covid-19, que vão desde detalhes sobre sintomas até diretrizes para os usuários se protegerem. A aplicação é baseada em machine learning e funciona por meio da interface do WhatsApp API, usada por empresas para a construção de assistentes virtuais através da plataforma de troca de mensagens.  

2- Detecção da doença

Em seu centro de pesquisa Damo, a gigante de tecnologia Alibaba desenvolveu um sistema de inteligência artificial capaz de identificar características da pneumonia de Covid-19 com rapidez e precisão. Usando algoritmos de deep learning, trata-se de um sistema que analisa tomografias computadorizadas do tórax dos pacientes. A plataforma leva no máximo 20 segundos para fazer o diagnóstico - e é pelo menos 60 vezes mais rápida que a detectação humana. A tecnologia da Damo foi treinada com base em imagens e dados de 5 mil casos de pessoas infectadas, além disso, já teve sua eficiência testada em hospitais durante a epidemia.

3- Triagem de pacientes

O Tampa General Hospital, na Flórida, incorporou na sua rotina hospitalar um software de reconhecimento facial capaz de escanear e identificar instantaneamente os visitantes que estão com febre. Desenvolvido pela empresa Care.ai, o hospital posicionou câmeras na sua entrada, de forma a colher dados termais das pessoas e, além disso, identificar a presença de suor e descoloração facial. Segundo John Couris, presidente e CEO do hospital, em entrevista ao Wall Street Journal, esta é uma maneira de triar os pacientes que estão febris, ajudando a “manter fora do hospital as pessoas que não precisam estar dentro dele”. 

4- Gerenciamento de riscos

O Robô Laura é uma tecnologia brasileira que vem ajudado diversos hospitais do país a monitorar pacientes através de uma solução baseada em machine learning. A plataforma de inteligência artificial detecta situações anormais em pacientes que estão internados, como casos de sepse, emitindo um alerta para a equipe médica. Cristian Rocha, responsável pela tecnologia, explica que o robô já realizou mais de 2,5 milhões de análises, com uma redução de 25% na taxa de mortalidade. No momento, o trabalho de Rocha está focado também em criar uma solução que ajude a melhorar o atendimento hospitalar em casos de Covid-19.   

5- Monitoramento de doentes

Em Tel Aviv, no Sheba Medical Center, a empresa EarlySense instalou sensores alimentados por IA que monitoram o quadro dos pacientes. Esses sensores são colocados debaixo dos colchões e analisam dados em tempo real sobre os padrões de atividade cardíaca, respiração e movimentos do corpo. Quando a situação do paciente complica, como nos casos de suspeita de insuficiência respiratória ou choque séptico, o sensor emite um alerta para equipe médica. Dessa maneira, a solução tecnológica melhora o monitoramento e também ajuda a minimizar a possibilidade de contágio dos profissionais da saúde ao limitar a circulação pelas áreas isoladas.

6- Desinfecção de centros de saúde

Outra tecnologia em destaque atualmente é um robô que navega por leitos hospitalares distribuindo sua luz ultravioleta para eliminar bactérias, vírus e outros micróbios, impedindo que se multipliquem. Criado pela empresa dinamarquesa UVD Robot em 2019 após seis anos de pesquisa, o equipamento leva até 20 minutos para concluir seu trabalho de limpeza. Em entrevista para a BBC, o CEO da empresa destacou o recente aumento da demanda pelo robô na Ásia e na Europa por conta da crise de Covid-19.

7- Desenvolvimento de medicamentos

A empresa Insilico Medicine, da biotech Longevity Vision Fund, tem usado uma plataforma com base em IA para o desenvolvimento de medicamentos. No lugar de procurar ressignificar drogas já disponíveis no mercado, algo que muitas outras empresas vêm fazendo, a Insilico gerou milhares de novas moléculas capazes de se vincular a uma proteína específica de SARS-CoV-2 e impedir o potencial do vírus de se multiplicar. Este trabalho foi feito em apenas quatro dias. Além disso, a empresa segue uma política aberta, ou seja, ela publica suas descobertas em seu site para que mais pesquisadores possam aproveitar os dados dos seus estudos.

Nós da Nama somos entusiastas de iniciativas que possam gerar uma transformação na vida das pessoas. Estamos à disposição para abraçar parcerias e investimentos que nos permitam, juntos, desenvolver soluções de inteligência artificial para o combate do coronavírus. Tem algum projeto em mente? Fale com a Nama.