A inteligência artificial (IA) tem mexido com nossos corações há mais de dois séculos. Desde o Frankenstein de Mary Shelley, na Inglaterra do século 19, passando pelos contos e leis da robótica de Isaac Asimov até chegarmos a O Guia do Mochileiro das Galáxias e a resposta de Douglas Adams para o sentido da vida. Na última década, uma série de histórias seguiu despertando nossa imaginação: Ex-Machina, Interestelar, A Era de Ultron, Blade Runner 2049... Um mundo de Black Mirrors nos questiona, a todo momento, sobre o que será viver em uma realidade em que a IA estará cada vez mais presente.
Com esse questionamento em mente, a Nama (pioneira em desenvolvimento de IA aplicada aos negócios no Brasil) e a zero42 (dedicada a compreender os impactos sociais e criar estruturas necessárias para o desenvolvimento democrático de tecnologias) passaram os últimos dois anos se dedicando a entender como inteligência artificial é vista mundialmente. Quais são as questões sociais envolvidas? Quais são os problemas? E quais são as soluções? O que é hype e o que é real quando falamos em IA?
Nosso objetivo foi identificar as diversas maneiras em que o uso de IA impacta a sociedade e quais são as ferramentas (práticas e teóricas) que podem ser utilizadas para resolver atuais e potenciais problemas. Adotar uma perspectiva global foi fundamental, incluindo percepções de diferentes países.
Por meio deste mapeamento, foi possível descrever o cenário atual, identificando as principais lacunas no conhecimento sobre o impacto da IA no mundo e, sobretudo, para que problemas ainda não existem soluções.
